domingo, 13 de junho de 2010

 

Saberes

Aprender a ser:
Mais do que nunca estamos ligados a uma vida comum através da era planetária, embora as ciências estejam separadas, Morin diz que isso precisa estar mais ligado dentro da educação. A tecnologia em especial a internet, aproxima todos os seres humanos que dentro do planeta Terra, cada um possui uma condição perante o planeta, bem como sua condição de ser humano, nesta condição deve estar centrada a educação de um ser único, mas diversificado. Diversificados nas formas e modos que aprende, dependendo da formação biológica e cultural de cada ser humano, bem como a formação da racionalidade ou irracionalidade do ser pensante que somos. E cabe à educação gerar um autoconhecimento de quem é pra que veio, onde esta, o que devemos em fim de gerar a consciência no educando, isto é que ele seja capaz de analisar, criticar ter autonomia e organização das ideias, interligando as disciplinas, a fim de que o aluno perceba-as como únicas e necessárias para sua formação.
Hoje vemos a história, a filosofia e a ciência, cada uma mostrando o homem de diferentes maneiras e isso deve ser integrado, seguir uma linha de pensamento, pois se torna difícil para o entendimento do ser humano, bem como em quem acreditar, visto que cada ciência fala diferente da outra. Dentro da escola não é uma tarefa difícil, pois hoje recebemos as crianças bem pequenas e prontas para que nós educadores as moldemos. O unir das disciplinas, é o chamado Interdisciplinaridade que usamos com as crianças de currículo e não sei por que ao passarem para as séries finais do ensino fundamental, essas disciplinas se dividem. Então não é difícil para os professores trabalharem assim visto que já tive uma experiência assim, e entre matemática e português e foi muito interessante ver os educandos questionando o porquê do mesmo conteúdo estar sendo trabalhado por disciplinas diferentes e logo chegarem à conclusão de que uma disciplina está unida a outra.

As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão:

Tudo que é novo requer um estudo aprofundado e mudança de ideias, mas baseadas num paradigma que deve ser modificado para a melhoria da educação. Dentro dessa modificação corre-se o risco de errar ou criar uma ilusão, ilusão que pode mascarar a verdadeira intenção do ato de ensinar. Mas ao mesmo tempo uma concorre com a outra: erro, ilusão e cegueiras mentais.
Morin Fala: “A própria memória é também fonte de erros inúmeros. A memória, não-regenerada pela rememoração, tende a degradar-se, mas cada rememoração pode embelezá-la ou desfigurá-la. Nossa mente, inconscientemente, tende a selecionar as lembranças que nos convêm e a recalcar, ou mesmo apagar, aquelas desfavoráveis, e cada qual pode atribuir-se um papel vantajoso. Tende a deformar as recordações por projeções ou confusões inconscientes. Existem, às vezes, falsas lembranças que julgamos ter vivido, assim como recordações recalcadas a tal ponto que acreditamos jamais as terem vivido. Assim, a memória, fonte insubstituível de verdade, pode ela própria estar sujeita aos erros e às ilusões.”
Direciono essa fala de Morin para dentro da escola, sobre memória “acomodada” também tende a degeneração, visto as mudanças precisam ser feitas dentro da educação e esta devem partir dos educadores, aí se percebe que gera desconforto entre mesmos, querem mudanças, mas não desejam serem os autores, acomodam-se esperando que venham coisas prontas. É claro que cada um percebe as coisas de modos diferentes formando ideias diversificadas, mas isso deve formar uma nova concepção de educação. O medo de errar este presente em cada ação que venhamos a desenvolver, modificar teorias requer conhecimento de “teorias” das quais achamos que não estão surtindo o efeito desejado. Transformar um paradigma é tarefa difícil, pois sempre retornamos às relações primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou teorias. Organiza a organização deles e gera a geração ou a regeneração.

Os princípios do conhecimento pertinente:

À escola pertence à tarefa de transmitir um conhecimento de uma realidade única, mas múltipla, interligando o conhecimento. Com já foi mencionado acima, disciplinas fragmentadas impedem a correlação existente entre ambas, fragmentando assim os saberes, parecendo estarem guardados dentro de gavetas e arquivados. A tarefa do educador do século XXI será a de ensinar métodos ao educando para desenvolver a capacidade de situar todas as informações num conjunto e ser capaz de estabelecer relações antes não vistas. Para tal tarefa é preciso reformular o pensamento nos paradigmas existentes, nas várias situações que enfrentamos diariamente dentro da sala de aula sentimos a necessidade de mexer no paradigma ao qual estamos atrelados. Nessa mudança algo deve ser preservado e muito valorizado: o conhecimento que o ser humano tem, como: os mitos, crenças e os valores repassados de geração para geração. Até mesmo os educadores precisam antes de tudo deixar de serem professores compartimentados num único conhecimento. Hoje o educador precisa ter também conhecimento mais amplo em todos os assuntos e não apenas naquilo que é formado, isso impede a percepção geral. O que vemos hoje quando um aluno pergunta ao professor de portugueses assuntos de matemática, o mesmo responde que não é professor de matemática e isso antes de mudar o pensamento pertinente relacionado à forma em que se está sendo dado conteúdos partilhados, precisa-se mudar o pensamento do próprio educador.

Ensinar a identidade terrena:

Por que estou aqui? Para que vim? O que serei? Heis a questão! O ser humano ainda não se deu de conta da real finalidade de sua estadia no planeta Terra. Tem usado e abusado do meio ambiente, até mesmo lixo eletrônico são lançados ao céu aberto, tudo para satisfazer o bem estar de nós usuários.
Nossas vidas estão tendo valores diferentes dos quais fomos educados, usufruímos de coisas que geram danos ao meio, mas bem estar a nós sem pensarmos nas gerações futuras. Em nossas infâncias nunca nos foi cobrado por largar um papel no chão, hoje a realidade é outra... se estamos aqui precisamos cuidar. Cuidar de todos os iguais cidadãos que moram no planeta.

Identidade
Jorge Aragão
Composição: Jorge Aragão
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
(2x)
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
(2x)
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história

Eliana Galle

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