terça-feira, 15 de junho de 2010

 

UM POUCO SOBRE - EDGAR MORIN E JACQUES DELORS,

UM POUCO SOBRE - EDGAR MORIN E JACQUES DELORS
Públicado por CERISE RIBAS

Edgar Morin, no forum Libération, 2008.

“Edgar Morin,Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.
É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade.”
Na opinião de Morin, os pesquisadores deveriam inscrever a competência especializada num contexto natural, na globalidade. O pensador francês propõe a hierarquização e a organização do saber no pensamento contemporâneo. “Devemos contextualizar cada acontecimento, pois as coisas não acontecem separadamente”.

Jacques Delors
“Jacques Delors (Paris, 20 de Julho de 1925) é um político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995.”
De origem humilde, Delors foi funcionário do Banco de França em 1945, após a Segunda Guerra Mundial e estudou economia na Sorbonne.
Foi autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação.”

Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento: aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que verdadeiramente liberta da ignorância; aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; aprender a conviver traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, finalmente, aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.
Aponta como principal conseqüência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação continuada.
Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, podem-se prever grandes conseqüências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo; enfim, ser socialmente competente.
Ousar em cortar as cordas que impedem o próprio crescimento, exercitar a cidadania plena, aprender a usar o poder da visão crítica, entender o contexto desse mundo, ser o ator da própria história, cultivar o sentimento de solidariedade, lutar por uma sociedade mais justa e solidária e, acima de tudo, acreditar sempre no poder transformador da educação.
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102.
FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Delors
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin
http://educarparacrescer.abril.com.br/index.shtml
http://www.ufmg.br/boletim/bol1203/pag5.html

 

O papel do professor num mundo globalizado

1ª PARTE:
O papel do professor em um mundo globalizado e complexo mediado pelas tecnologias.
Esta abordagem não implica somente conceitos teóricos sobre novas formas de aprendizagem, novos conceitos de educação ou modelos inéditos de gestão educativa.
É necessário que a teoria ultrapasse as barreiras do sonho e venha se alojar na prática dos milhares professores que se deparam com situações conflitantes, cheias de diversidade e paradoxos.
Não basta promover a capacidade de discutir concepções pedagógicas diferenciadas: é preciso instrumentalizar as pessoas envolvidas com ações efetivamente eficazes, como: valorização dos professores, aprimorar a qualidade de ensino, promover a gestão escolar, avaliar o desempenho das escolas, desenvolver ações em equipe, proporcionar a participação da comunidade escolar (entorno social da escola) através do projeto pedagógico que atenda ao interesse coletivo.
Partindo dessa primeira análise, ampla e geral, constata-se que a sociedade, cada vez mais complexa e diversificada, propõe mudanças. E principalmente num universo em que 98% da população gaúcha entre 7 a 14 anos freqüentam a escola, este cenário movimenta-se agora, não mais para proporcionar o acesso, mas sim para promover as metas para a qualidade da educação.
Sendo assim, não é curioso colocar que as propostas na educação estão mudando: o foco no aprendizado do aluno saber, onde o conteúdo não é mais o fim do estudo, mas sim o meio para este saber. E aqui cabe ressaltar que não se trata simplesmente de afirmar que isto já havia sido feito, pois é neste momento que nos deparamos com uma constatação na busca incansável de uma nova perspectiva: desenvolver o ensino por meio de competências e habilidades. Ou seja, direcionar seu trabalho para que competências possam ser desenvolvidas e habilidades possam ser aplicadas. Não se trata, como muitos acreditam, de uma tendência ou mero troca de nomenclatura(de objetivos gerais para competências ou objetivos específicos para habilidades), ou ainda simplesmente trabalhar por projetos. Num contexto que se multiplicam diferentes linguagens, mídias e suportes, a aprendizagem para a cidadania ou o aprender a aprender ganham relevante destaque. O foco está em permitir ao aluno introduzir-se nas práticas sociais e no cenário do trabalho através do fortalecimento do domínio da língua, a capacidade de trabalhar em equipe, da interdisciplinaridade e da competência de fazer, de saber fazer e de saber porque sabe.

2ª PARTE:
O papel do professor em um mundo globalizado e complexo mediado pelas tecnologias.
Transformação é a marca de nossa sociedade. Cada vez mais e com intensa rapidez surgem contínuas alterações sociais, ambientais e tecnológicas. Diante deste quadro é inevitável lançarmos um olhar sobre a escola e o início da escolarização para constatarmos ações como os projetos de alfabetização para crianças de seis e sete anos. Afirmar que são iniciativas desinteressadas ou projetos prontos ou engessados é uma visão um pouco leviana de quem analisa a alfabetização como um nível descomprometido com a aprendizagem do aluno. O mundo é inconstante, nosso aluno mudou e o foco de seu interesse já não é mais o mesmo, a escola permaneceu a mesma e os professores ainda são formados por uma universidade que não trabalha por competências e habilidades. Porém, a legislação é clara quando determina o ensino fundamental com duração de nove anos, o ingresso obrigatório dos alunos aos seis anos de idade e o objetivo de alfabetizar estes alunos. Até aqui tudo bem: qualquer escola poderia modificar seus níveis de ensino no Regimento e Planos de Estudos, ampliar a oferta de mais uma série e seguir seus trabalhos. Porém, os projetos de alfabetização estão postos e já possuem uma matriz de referência de habilidades e competências da alfabetização, cada qual com sua metodologia e cada um com seus prós e contras. O comprometimento com a aprendizagem do aluno envolve não só o professor a frente deste processo, mas a escola com um todo. É preciso envolver os gestores, pais, comunidades para o êxito da aprendizagem do aluno, através de estratégias eficazes como: o tema de casa, a avaliação como resgate do aprendizado e com o objetivo de diagnosticar as competências ainda não atingidas pelo aluno e não com o objetivo de dar nota, intervenções de recuperação de forma preventiva, planejamento e capacitação constante dos professores. Estes instrumentos de gestão fazem parte de todos os projetos de alfabetização e devem ser levados em conta e ao mesmo tempo em que devem proporcionar espaço para o professor exercitar a sua competência e imprimir sua criatividade e seu perfil.
E neste universo em que se multiplicam diferentes linguagens, mídias e suportes, é necessário levar a tecnologia às escolas. Este processo é complicado e lento: não basta instalar o laboratório de informática nas escolas se, nas salas de aula, o ensino continuar a ser desenvolvido apenas com quadro verde, giz e livro didático. Ou ainda se o laboratório de informática for apenas um espaço para aprender informática ou acessar à Internet. É preciso não perder de vista a relação do foco de aprendizagem do aluno com o desenvolvimento de competências e habilidades nas grandes áreas de ensino e as novas tecnologias. Nesses termos seria interessante propor que o espaço do trabalho da escola não seja centrado somente no professor como ou na mera exposição de conteúdos. O foco do trabalho concentra-se no ator principal deste filme: a aluno. Através de atividades voltadas para a resolução de problemas, nas capacidades de ler e escrever o mundo, por meio de dinâmicas pedagógicas, interdisciplinar e contextualizada. E aqui destacamos os recursos midiáticos com ferramentas importantíssimas neste processo, como : uso de música, filmes, poesia, blogs, webquest e infinitas possibilidades de abordagem a ser desenvolvidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (SEMTEC/MEC), 1999;
- RIO GRANDE DO SUL,Referenciais Curriculares (SE/DP), 2009;
- SÃO PAULO,SP,Revista Nova Escola ( Ed. Abril), Abril 2010 – nº 231
- MELLO, Guiomar Namo. Educação Escolar Brasileira: o que trouxemos do século XX?, Porto Alegre: Artmed, 2004;
- MACEDO, Lino. Competências e habilidades: Elementos para uma Reflexão Pedagógica. ENEM , 1999;

Postado por: Aline Soares

domingo, 13 de junho de 2010

 

Saberes

Aprender a ser:
Mais do que nunca estamos ligados a uma vida comum através da era planetária, embora as ciências estejam separadas, Morin diz que isso precisa estar mais ligado dentro da educação. A tecnologia em especial a internet, aproxima todos os seres humanos que dentro do planeta Terra, cada um possui uma condição perante o planeta, bem como sua condição de ser humano, nesta condição deve estar centrada a educação de um ser único, mas diversificado. Diversificados nas formas e modos que aprende, dependendo da formação biológica e cultural de cada ser humano, bem como a formação da racionalidade ou irracionalidade do ser pensante que somos. E cabe à educação gerar um autoconhecimento de quem é pra que veio, onde esta, o que devemos em fim de gerar a consciência no educando, isto é que ele seja capaz de analisar, criticar ter autonomia e organização das ideias, interligando as disciplinas, a fim de que o aluno perceba-as como únicas e necessárias para sua formação.
Hoje vemos a história, a filosofia e a ciência, cada uma mostrando o homem de diferentes maneiras e isso deve ser integrado, seguir uma linha de pensamento, pois se torna difícil para o entendimento do ser humano, bem como em quem acreditar, visto que cada ciência fala diferente da outra. Dentro da escola não é uma tarefa difícil, pois hoje recebemos as crianças bem pequenas e prontas para que nós educadores as moldemos. O unir das disciplinas, é o chamado Interdisciplinaridade que usamos com as crianças de currículo e não sei por que ao passarem para as séries finais do ensino fundamental, essas disciplinas se dividem. Então não é difícil para os professores trabalharem assim visto que já tive uma experiência assim, e entre matemática e português e foi muito interessante ver os educandos questionando o porquê do mesmo conteúdo estar sendo trabalhado por disciplinas diferentes e logo chegarem à conclusão de que uma disciplina está unida a outra.

As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão:

Tudo que é novo requer um estudo aprofundado e mudança de ideias, mas baseadas num paradigma que deve ser modificado para a melhoria da educação. Dentro dessa modificação corre-se o risco de errar ou criar uma ilusão, ilusão que pode mascarar a verdadeira intenção do ato de ensinar. Mas ao mesmo tempo uma concorre com a outra: erro, ilusão e cegueiras mentais.
Morin Fala: “A própria memória é também fonte de erros inúmeros. A memória, não-regenerada pela rememoração, tende a degradar-se, mas cada rememoração pode embelezá-la ou desfigurá-la. Nossa mente, inconscientemente, tende a selecionar as lembranças que nos convêm e a recalcar, ou mesmo apagar, aquelas desfavoráveis, e cada qual pode atribuir-se um papel vantajoso. Tende a deformar as recordações por projeções ou confusões inconscientes. Existem, às vezes, falsas lembranças que julgamos ter vivido, assim como recordações recalcadas a tal ponto que acreditamos jamais as terem vivido. Assim, a memória, fonte insubstituível de verdade, pode ela própria estar sujeita aos erros e às ilusões.”
Direciono essa fala de Morin para dentro da escola, sobre memória “acomodada” também tende a degeneração, visto as mudanças precisam ser feitas dentro da educação e esta devem partir dos educadores, aí se percebe que gera desconforto entre mesmos, querem mudanças, mas não desejam serem os autores, acomodam-se esperando que venham coisas prontas. É claro que cada um percebe as coisas de modos diferentes formando ideias diversificadas, mas isso deve formar uma nova concepção de educação. O medo de errar este presente em cada ação que venhamos a desenvolver, modificar teorias requer conhecimento de “teorias” das quais achamos que não estão surtindo o efeito desejado. Transformar um paradigma é tarefa difícil, pois sempre retornamos às relações primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou teorias. Organiza a organização deles e gera a geração ou a regeneração.

Os princípios do conhecimento pertinente:

À escola pertence à tarefa de transmitir um conhecimento de uma realidade única, mas múltipla, interligando o conhecimento. Com já foi mencionado acima, disciplinas fragmentadas impedem a correlação existente entre ambas, fragmentando assim os saberes, parecendo estarem guardados dentro de gavetas e arquivados. A tarefa do educador do século XXI será a de ensinar métodos ao educando para desenvolver a capacidade de situar todas as informações num conjunto e ser capaz de estabelecer relações antes não vistas. Para tal tarefa é preciso reformular o pensamento nos paradigmas existentes, nas várias situações que enfrentamos diariamente dentro da sala de aula sentimos a necessidade de mexer no paradigma ao qual estamos atrelados. Nessa mudança algo deve ser preservado e muito valorizado: o conhecimento que o ser humano tem, como: os mitos, crenças e os valores repassados de geração para geração. Até mesmo os educadores precisam antes de tudo deixar de serem professores compartimentados num único conhecimento. Hoje o educador precisa ter também conhecimento mais amplo em todos os assuntos e não apenas naquilo que é formado, isso impede a percepção geral. O que vemos hoje quando um aluno pergunta ao professor de portugueses assuntos de matemática, o mesmo responde que não é professor de matemática e isso antes de mudar o pensamento pertinente relacionado à forma em que se está sendo dado conteúdos partilhados, precisa-se mudar o pensamento do próprio educador.

Ensinar a identidade terrena:

Por que estou aqui? Para que vim? O que serei? Heis a questão! O ser humano ainda não se deu de conta da real finalidade de sua estadia no planeta Terra. Tem usado e abusado do meio ambiente, até mesmo lixo eletrônico são lançados ao céu aberto, tudo para satisfazer o bem estar de nós usuários.
Nossas vidas estão tendo valores diferentes dos quais fomos educados, usufruímos de coisas que geram danos ao meio, mas bem estar a nós sem pensarmos nas gerações futuras. Em nossas infâncias nunca nos foi cobrado por largar um papel no chão, hoje a realidade é outra... se estamos aqui precisamos cuidar. Cuidar de todos os iguais cidadãos que moram no planeta.

Identidade
Jorge Aragão
Composição: Jorge Aragão
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
(2x)
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
(2x)
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história

Eliana Galle

sexta-feira, 11 de junho de 2010

 

A evolução tecnológica

A rápida evolução tecnológica da microeletrônica e da informática expandiu efeitos para todo o planeta levando estudiosos, pesquisadores e analistas a produzirem obras escritas sobre a informatização da sociedade em vários níveis e perspectivas. Durante algum tempo a evolução dos computadores foi caracterizada por gerações de acordo com a base do hardware: válvulas (primeira geração), transistores (segunda geração) e circuitos integrados (terceira geração). Chegou-se a falar em quarta geração, quando a integração era muito grande (VLSI - Very Large Scale Integration) e numa quinta com a inteligência artificial (PRADO JUNIOR, 2001, p. 372)
Um equipamento chamado Colossus, foi um computadoringlês projetado em Bletchley Park construído pelo governo britânico durante a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de decifrar mensagens alemães, máquina que ficou pronta em 1943, porém se manteve como segredo militar durante cerca de 30 anos. O ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Calculator), desenvolvido entre 1939 e 1946, é, por muitos, considerado como o primeiro computador eletrônico digital embora não possuísse programa armazenado. Assim como o Colossus foi construído e operado durante a 2ª Guerra Mundial (Colossus..., 2005), também o ENIAC foi projetado e usado durante esse período tendo sido desenvolvido pelo Departamento de Artilharia do Exército dos EUA para a computação de tabelas balísticas (WEIK, 1961). Assim, dentre outros inventos a tecnologia foi evoluindo mais rápido que a própria mentalidade da sociedade. Desde, aproximadamente 1939 os computadores passaram por vários aperfeiçoamentos, hoje temos computadores de mão e portáteis com acesso à Internet, tocadores de música MP3, telefones celulares com acesso à Internet e com funções de tocadores de música, cães e gatos robôs que interagem com atividades da Internet, aparelhos domésticos que podem ser controlados pela Internet, robôs usados para operações cirúrgicas, chips anti-sequestro, scanner para a sola dos pés para detectar metais, TV Digital, convergência para a TV Interativa, computação vestível e a perspectiva de um humano capaz de movimentar um braço robótico (ciborg humano) apenas com a força da mente. E quanta coisa mais...
Segundo observação de Alves (1993, p.17): "A ciência é uma função da vida. Justifica-se apenas enquanto órgão adequado à nossa sobrevivência. Uma ciência que se divorciou da vida perdeu a sua legitimação".
Diante disso, percebo a grande perca que a humanidade vem tendo por estar se divorciando do que é realmente adequado às nossas necessidades. Como já havia falado em outra oportunidade não existe uma fiscalização eletrônica, que interceptasse em tempo real conteúdos e falsos usuários, um instrumento para garantir a segurança, pelo contrário, o que vem a cada dia acontecendo é que somos invadidos em nossa privacidade. As salas de bate-papo, comunidades virtuais, diários virtuais, orkuts são utilizados para aproximar pessoas e não para manipular. Como diz Prado: “A disseminação de acesso à Internet com salas de bate-papo, comunidades virtuais, diários virtuais e outros, utilizados desde a infância, facilitará o fluxo de informações úteis para a humanidade ou levará a um descontrole”. Um descontrole da real utilidade, influindo na formação de nossas crianças e jovens.
Portanto, cabe tanto aos pais com aos professores intervirem nessa realidade, desviando a atenção das crianças para as coisas que educam para a vida em sociedade.
Temos hoje o computador como grande aliado educativo um medidor e planejador de atividades físicas.
O grande "trunfo" do computador é sua característica interativa com o meio. Por meio dele é possível integrar diversas mídias e demais recursos tecnológicos, desde o rádio, a televisão, os vídeos, as filmadoras; portanto, um recurso perfeito para trabalhar sons e, ainda, torná-los visuais.


REFERÊNCIAS:
ALVES, Rubem A. Filosofia da ciência; introdução ao jogo e suas regras. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/6750162/6831-Filosofia-Da-CiEncia-Introducao-Ao-Jogo-e-Sua-Regras-Rubem-Alves

http//en.wikipedia.org/wiki/Colossus_computer. Acesso em 11/06/2010.

PRADO JUNIOR, Arnaldo Corrêa. http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira33/noticias/noticia6.htm. Acesso em: 11/06/2010.

WEIK, Martin H. The ENIAC story. Disponível em http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://ftp.arl.mil/~mike/comphist/eniac-story.html&ei=PSgSTODpOpCouAff3KiwAQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CBgQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3DWEIK,%2BMartin%2BH.%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26rlz%3D1R2GPEA_pt-BR. Acesso em 11/06/2010.

Eliana Galle

quinta-feira, 10 de junho de 2010

 

Os quatro pilares de uma educação para o século XXI

No livro “Educação: um Tesouro a Descobrir”originou-se do relatório da UNESCO a respeito da Educação para o Século XXI, elaborado por uma equipe coordenada por Jacques Delors, “aborda de forma bastante didática e com muita propriedade os quatro pilares de uma educação para o século XXI, associando-os e identificando-os com algumas máximas da Pedagogia prospectiva, e subsidio o trabalho de pessoas comprometidas a buscar uma educação de qualidade.” (Rodrigues).
“Ante os múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais de paz, liberdade e da justiça social [...] como uma via que conduza a um desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autêntico, de modo a fazer recuar a pobreza, a exclusão social, as incompreensões, as opressões, as guerras (Delors, 1998, p.11).
No relatório, Delors propôs que a aprendizagem fosse organizada em torno de quatro aprendizagens:

Aprender a conhecer


Aprender a fazer


Aprender a conviver


Aprender a ser


Leituras sugeridas:

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf

RODRIGUES, Zuleide Blanco. Os quatro pilares de uma educação para o século XXI e suas implicações na prática pedagógica. Disponível em: http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo0056

CABRAL, Arlinda. A construção da escola democrática. Uma reflexão com base em Jacques Delors et al., Licínio Lima e Jaume Carbonell Sebarroja. Disponível em: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n9/n9a12.pdf

LUCKESI, Cipriano Carlos. Formação do educador sob uma ótica transdisciplinar. Disponível em:
http://www.luckesi.com.br/textos/abc_educatio/abceducacio_29_formacao_do_educador.pdf

quarta-feira, 9 de junho de 2010

 

O ENSINO NO SÉCULO XXI


A Informática Educativa
O novo milênio chega iniciando um período no qual ter poder significa ter domínio sobre as informações, e esse domínio será muito facilitado através das novas tecnologias. Nos dias atuais, a sociedade está constantemente sendo beneficiada pelos progressos da tecnologia, o que vem causando mudanças em muitos aspectos sociais e comportamentais de nossas vidas.
De repente, o computador passou a ser acessível a uma boa parte da população e à maioria das empresas, com isso seu uso passou a ser valorizado.
Com todas essas mudanças, as escolas se viram pressionadas a adotar o computador, assim, na área da educação, a informática vem ganhando cada vez mais espaço nos ambientes de ensino/aprendizagem e facilitando a busca do conhecimento.
Devido ao grande impacto que a Informática Educativa vem causando na sociedade em geral, foi feita uma pesquisa sobre o perfil das escolas brasileiras no uso da informática (ROCHA e Outros, 1999). Participaram dessa pesquisa cinqüenta e uma escolas de primeiro e segundo graus que já trabalhavam com Informática Educativa e que estavam ligadas à Internet. A partir de questionários respondidos, via Internet, por essas escolas, foi concluído que o computador é muito usado na administração escolar, porém, ainda é pouco utilizado nas salas de aula. Outros dados obtidos e que são de nosso interesse comentar, é que somente 35,29% das escolas permitem o uso da Internet por todos o alunos, a maioria das escolas permite acesso restrito a alunos ligados a cursos e projetos especiais; além disso, a maioria dos professores usa a Internet para buscar informações e trocar mensagens, mas quase não há utilização em atividades com alunos ou em educação à distância.
Todos esses dados nos permitem concluir que as escolas brasileiras estão procurando formas de informatizar seu ensino, mas, muitos professores ainda não sabem como utilizar essas tecnologias visando a melhoria de suas aulas e, consequentemente, trazendo benefícios ao ensino.
João Pereira da Silva . pereirajoao2008@hotmail.com
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, Fernanda C. A.; CAMPOS, Gilda H. B. de; ROCHA, Ana Regina. Tradicionalismo X Inovação: A Informática Educativa nas Escolas Brasileiras. In : CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO ( 1999: Rio de Janeiro). Anais... Rio de Janeiro: Entre Lugar ,1999. v.1. p. 613-624

terça-feira, 8 de junho de 2010

 

Uma breve comparação entre Morin e Descates.



O modelo cartesiano de ciência apóia-se no critério de disjunção, isto é, isola os fenômenos e objetos uns dos outros, separa a filosofia da ciência e as ciências uma das outras, em busca de idéias claras e distintas.De jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal, isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.

O paradigma epistemológico inaugurado por Descartes, sem dúvida, possibilitou o desenvolvimento técnico e científico. No entanto, conforme já se observou, separou a ciência da ética, a razão do sentimento, a mente do corpo. Na visão de Morin tal disjunção, rareando as comunicações entre Conhecimento Científico e reflexão filosófica, devia fielmente privar a ciência de qualquer possibilidade de ela conhecer a si. Própria, de refletir sobre si própria, e mesmo de se conceber filosoficamente.

Morin trata a complexibilidade do conhecimento como objetos inseparáveis, o filósofo denuncia os limites de tal paradigma e aponta a necessidade de ultrapassá-lo a partir de uma nova forma de aceder à realidade, o paradigma da complexidade, este é capaz de contemplar o fenômeno humano, em sua totalidade. Morin anuncia também a necessidade de um novo modelo de educacional, visto que a educação é a área por excelência em que as mudanças no interior da sociedade podem ser efetivadas.

Fonte: http://www.fae.edu/nucleos/pdf/primeiro_seminario/visao_complexa_italo.pdf

A partir desta comparação concluo que:

Através do complexo de teorias que temos hoje, tudo está ligado com tudo através de um eixo comum. A internet é um exemplo da teoria da complexidade, onde você pode competir e colaborar ao mesmo tempo, ser competente ou incompetente e nos faz ver o mundo de forma diferente.

Dentro das escolas estamos ligados através de uma rede interligada pelos mesmos objetivos, que é o ensinar na atualidade, esse novo ensinar requer: a promoção da inteligência dos educando utilizando seus conhecimentos existentes, superando as contradições decorrentes do progresso. Ensinar hoje requer o desenvolvimento do educando, centro da educação, isto é, uma educação que seja significativa, isto é que sirva para a vida em sociedade.

Desenvolver o senso critico a fim de que possa enfrentar o mundo do trabalho bem com opinar sobre diversos assuntos, oferecer aos educandos, propostas inovadoras e experiências, de forma a obter resultados que excedam as expectativas dos mesmos, assim como para antecipar as tendências futuras. Portanto, fazer com que possam refletir e debater sobre assuntos variados conduzindo-os a projetarem os novos rumos de forma participativa. Isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer para poder agir sobre o meio envolvente

”O desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de novas aptidões tornam-se processos essenciais, na medida em que criam as condições necessárias para o enfrentamento de novas situações que se colocam. Privilegiar a aplicação da teoria na prática é enriquecer a vivência da ciência na tecnologia e destas no social passa a ter uma significação especial no desenvolvimento da sociedade contemporânea.” (PCN´s – MEC).

Desenvolver a capacidade de interação, visto que o sujeito não consegue viver sozinho, um dos aspectos mais importantes do ser humano, que é a troca de informações, de afeto, descobrindo e interagindo com o outro, escutando o próximo e sendo solidário, deixando de lado o individualismo para pensar numa sociedade participativa. Cabe ao educador ajudar ao aluno no desenvolvimento desses aspectos, sem interferir na personalidade do mesmo e sim, apenas auxiliá-lo a desenvolvê-la.

Ser capaz de respeitar todos os processos de aprendizagem, oferecer uma bagagem escolar cada vez maior, antes é, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, ocasião para aprofundar e enriquecer seus conhecimentos e adaptar-se a um mundo de mudanças.

A educação tem como papel essencial conceder a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, conhecimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem donos do seu próprio destino.

Hoje temos projetos prontos para a alfabetização, no entanto estão fora da realidade de nossos alunos. São projetos que parece-nos que estamos fazendo uma montagem de robôs, que saem da forma modelos iguais, o professor faz a montagem, abre a porta da sala de aula e por ali começam a sair os modelos prontos, todos com o mesmo tipo de conhecimento e isso está fora da realidade atual, regredir não, mas sim progredir em termos de EDUCAÇÃO.
 

Eliana A. Kegler Galle

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