terça-feira, 8 de junho de 2010

 

Uma breve comparação entre Morin e Descates.



O modelo cartesiano de ciência apóia-se no critério de disjunção, isto é, isola os fenômenos e objetos uns dos outros, separa a filosofia da ciência e as ciências uma das outras, em busca de idéias claras e distintas.De jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal, isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.

O paradigma epistemológico inaugurado por Descartes, sem dúvida, possibilitou o desenvolvimento técnico e científico. No entanto, conforme já se observou, separou a ciência da ética, a razão do sentimento, a mente do corpo. Na visão de Morin tal disjunção, rareando as comunicações entre Conhecimento Científico e reflexão filosófica, devia fielmente privar a ciência de qualquer possibilidade de ela conhecer a si. Própria, de refletir sobre si própria, e mesmo de se conceber filosoficamente.

Morin trata a complexibilidade do conhecimento como objetos inseparáveis, o filósofo denuncia os limites de tal paradigma e aponta a necessidade de ultrapassá-lo a partir de uma nova forma de aceder à realidade, o paradigma da complexidade, este é capaz de contemplar o fenômeno humano, em sua totalidade. Morin anuncia também a necessidade de um novo modelo de educacional, visto que a educação é a área por excelência em que as mudanças no interior da sociedade podem ser efetivadas.

Fonte: http://www.fae.edu/nucleos/pdf/primeiro_seminario/visao_complexa_italo.pdf

A partir desta comparação concluo que:

Através do complexo de teorias que temos hoje, tudo está ligado com tudo através de um eixo comum. A internet é um exemplo da teoria da complexidade, onde você pode competir e colaborar ao mesmo tempo, ser competente ou incompetente e nos faz ver o mundo de forma diferente.

Dentro das escolas estamos ligados através de uma rede interligada pelos mesmos objetivos, que é o ensinar na atualidade, esse novo ensinar requer: a promoção da inteligência dos educando utilizando seus conhecimentos existentes, superando as contradições decorrentes do progresso. Ensinar hoje requer o desenvolvimento do educando, centro da educação, isto é, uma educação que seja significativa, isto é que sirva para a vida em sociedade.

Desenvolver o senso critico a fim de que possa enfrentar o mundo do trabalho bem com opinar sobre diversos assuntos, oferecer aos educandos, propostas inovadoras e experiências, de forma a obter resultados que excedam as expectativas dos mesmos, assim como para antecipar as tendências futuras. Portanto, fazer com que possam refletir e debater sobre assuntos variados conduzindo-os a projetarem os novos rumos de forma participativa. Isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer para poder agir sobre o meio envolvente

”O desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de novas aptidões tornam-se processos essenciais, na medida em que criam as condições necessárias para o enfrentamento de novas situações que se colocam. Privilegiar a aplicação da teoria na prática é enriquecer a vivência da ciência na tecnologia e destas no social passa a ter uma significação especial no desenvolvimento da sociedade contemporânea.” (PCN´s – MEC).

Desenvolver a capacidade de interação, visto que o sujeito não consegue viver sozinho, um dos aspectos mais importantes do ser humano, que é a troca de informações, de afeto, descobrindo e interagindo com o outro, escutando o próximo e sendo solidário, deixando de lado o individualismo para pensar numa sociedade participativa. Cabe ao educador ajudar ao aluno no desenvolvimento desses aspectos, sem interferir na personalidade do mesmo e sim, apenas auxiliá-lo a desenvolvê-la.

Ser capaz de respeitar todos os processos de aprendizagem, oferecer uma bagagem escolar cada vez maior, antes é, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, ocasião para aprofundar e enriquecer seus conhecimentos e adaptar-se a um mundo de mudanças.

A educação tem como papel essencial conceder a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, conhecimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem donos do seu próprio destino.

Hoje temos projetos prontos para a alfabetização, no entanto estão fora da realidade de nossos alunos. São projetos que parece-nos que estamos fazendo uma montagem de robôs, que saem da forma modelos iguais, o professor faz a montagem, abre a porta da sala de aula e por ali começam a sair os modelos prontos, todos com o mesmo tipo de conhecimento e isso está fora da realidade atual, regredir não, mas sim progredir em termos de EDUCAÇÃO.
 

Eliana A. Kegler Galle

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